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domingo, dezembro 07, 2008

As faltas e o Magalhães

Soube-se hoje que o sistema informático que regista as faltas na Assembleia da República foi atacado e estava inoperacional no dia da votação da suspensão da avaliação.
O governo sabia da situação e tinha procurado simplificar transitoriamente o registo de faltas; assim tinha fornecido computadores Magalhães azuis clarinhos a todos os deputados e um servidor Magalhães Elcano azul escuro à própria instituição para registo de faltas dos deputados.
Na altura de marcar a sua presença, contudo, os deputados não o puderam fazer porque o programa de faltas instalado nos Magalhães só regista faltas de alunos e professores; além disso o sistema wireless Magalhães SF encontra-se ainda em fase experimental e, naquele momento, só apanhava fados da Amália, cuja casa era ali perto.
É de elementar justiça assinalar aqui a presença dos deputados na votação acima referida e esclarecer de vez os motivos pelos quais não puderam registar a sua presença.
O governo já tomou medidas para simplificar mais o processo: o novo software a instalar nos Magalhães dos deputados apenas registará as faltas dos professores (para os deputados terem um conhecimento mais profundo do estado da Educação em Portugal); os deputados vão passar a poder assinar o livro de ponto de véspera, acompanhado de uma declaração escrita com o seguinte teor: "declaro por minha honra que se amanhã não estiver presente, isso não quer dizer que faltei!"

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A maior desgraça que pode acontecer a um artista é começar pela literatura, em vez de começar pela vida.
Miguel Torga

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