Se a nossa voz crescesse, onde era a árvore?
Em que pontas, a corola do silêncio?
Coração já cansado, és a raiz:
Uma ave te passe a outro país.
Coisas de terra são palavra:
Semeia o que calou.
Não faz sentido quem lavra
Se o não colhe do que amou.
Assim, sílaba e folha, porque não
Num só ramo levá-las
Com a graça e o redondo de uma mão?
1 comentário:
Sim, calo-me e...
"de não dizer nada reaprendo:
os rios da memória em solidão."
António de Almeida Matos
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